Qua, 26/09/2012 - 16:38
Esta é a política de Manuel Martins, pelo menos enquanto estiver no leme dos brigantinos:
“Eu fui sempre apologista de o dinheiro ficar na terra. O pouco que damos em prémios fica aqui na região e por isso temos sempre 17, 18 jogadores da terra. Vamos só buscar dois ou três que são para a posição de central e para ponta de lança, jogadores que não encontramos na região.
Os apoios têm diminuído nos últimos anos e a participação no campeonato nacional só é possível graças à aposta nos atletas da terra, que quase por amor à camisola levam o nome do GDB a outras paragens.
Apesar de o público não abundar nas bancadas ao domingo o facto de a equipa ter um plantel com jogadores da casa atrai mais adeptos:
“Não é só por questões financeiras. Eu acho que a equipa formada por atletas da região traz mais gente ao estádio apesar de nos últimos esta tendência não se verificar. Mas, se olharmos para outros clubes também não aumentam. Para a taça fomos a Loulé e estavam lá apenas 50 pessoas. Mesmo que se houvesse dinheiro a nossa aposta continuava a ser nos jogadores da terra que têm que ter qualidade claro”.
Apenas Tamsir, Samir e Lemos não fazem parte do lote de atletas formados no clube. Bernardino, Gancho, Didácio não cresceram no seio brigantino mas são oriundos do concelho vizinho, Macedo de Cavaleiros.
Ximena, Rui Gil ou Pedrinha carregam a mística do Bragança e são um exemplo para os mais novos:
“Temos dois capitães que são um exemplo para todos, o Ximena e o Rui Gil”.
Outro bom exemplo é o jovem Nélson, mais um atleta formado no Bragança. Além de jogar na formação sénior treina os guarda-redes das equipas de formação:
“O Nélson não nos cobra nada mas se pudermos dar uma prenda ao Nélson damos. Os miúdos ficam muito contentes por serem treinados por ele”.
Manuel Martins vai continuar a apostar nos jogadores formados no Bragança que garantem a continuidade do clube.
Escrito por Brigantia