Manoel de Oliveira é cabeça-de-cartaz de ciclo de cinema em Bragança

Esta é a primeira edição da mostra e decorre entre 1 e 4 de Setembro, no Museu Abade de Baçal, em Bragança.

“Estará presente para apresentar o acto da Primavera. Estarão também presente a Noémia Delgadop, Regina Delgado e Saguenail e Pedro Silva Nunes. Será um bom pretexto para ouvir os realizadores falar sobre os filmes que fizeram por cá e discuti-los com eles.”

Segundo António Preto, o coordenador desta mostra, o objectivo é mostrar em Trás-os-Montes o que o cinema diz sobre a região.

“Fizemos uma selecção de oito filmes. Vamos tentar perceber de que forma é que o cinema foi, no século XX, responsável pela construção de um imaginário transmontano e de que forma é que isso é exterior à região.”

Ao todo são oito filmes, divididos por duas sessões diárias, entre 1 e 4 de Setembro.

“O Sabores, da Regina Guimarães e Saguenail, a Máscara, de Noémia Delgado, Matar Saudades, de Fernando Lopes, Acto de Primavera, de Manoel de Oliveira. É um filme de referência do cinema português e mesmo internacional. Constitui um marco fundamental do que no cinema é a relação entre cinema e documentário. Vamos ter ainda o Margens, de Pedro Silva Nunes, o Veredas, de João César Monteiro, o Terra Fria, de António Silva Nunes e o Ana de António Reis e Margarida Cordeiro, dois cineastas que filmaram apenas em Trás-os-Montes.”

António Preto lamenta ainda a ausência de apoio da Câmara Municipal de Bragança.

“Esta mostra podia ter sido bem diferente se houvesse mais apoios”, lamentou.

A primeira sessão de cada dia realiza-se às 18 horas, dentro do museu Abade de Baçal.

A segunda sessão é às 22 horas, nos jardins do museu.

As entradas são gratuitas.

Escrito por Brigantia