Manifestação de agricultores gera discórdia entre associações

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Sex, 26/06/2009 - 08:20


A FATA - Federação da Agricultura de Trás-os-Montes e Alto Douro - critica a calendarização da manifestação convocada pela Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), agendada para o próximo dia 2 de Julho, em Mirandela. A FATA diz que existe um aproveitamento político encapotado, quando se aproximam eleições legislativas e autárquicas, com a CAP a incentivar os agricultores a colocarem-se ao lado de um partido da oposição.    

Por esta razão, o vice-presidente da FATA diz que não vão estar presentes na manifestação. “Se calhar não vamos estar porque achamos que não é altura correcta de manifestações na rua apelando ao voto contra um partido que é o que tem feito a confederação e isso nós não aceitamos” afirma Armando Pacheco acrescentando que “numa altura em que estamos praticamente em campanha não se pode usar as pessoas para fazer bandeira política”.

 

Armando Pacheco considera que, ao longo de 4 anos, existiram alturas mais apropriadas para a realização de manifestações.

E vai mais longe ao criticar o dirigente da CAP, acusando-o de não cumprir a promessa de se demitir caso o ministro Jaime Silva não o fizesse.

 

Reagindo a estas acusações, Luís Mira, Secretário-geral da CAP nega que João Machado, o presidente da CAP, alguma vez tenha dito que se demita.

“Não entendo o objectivo dessa tomada de posição pois o que nos leva a manifestarmo-nos é contra a politica do Governo” refere Luís Mira acrescentando que “o presidente da CAP nunca disse isso, não podia auto-condicionar-se dessa maneira”.

 

Apesar das criticas, a FATA revela-se insatisfeita com o desempenho do Ministro da Agricultura, acusando-o de ter estagnado o desenvolvimento agrícola de Portugal e em particular de Trás-os-Montes.

Escrito por CIR