Qua, 20/01/2010 - 10:12
Uma alimentação saudável à base de vegetais, fruta e peixe é feita com pouca frequência e o pequeno-almoço é muitas vezes descurado.
Cerca de 40 mil idosos em todo o país têm mesmo dificuldades financeiras para satisfazer as suas necessidades alimentares.
Eunice Rodrigues, nutricionista do ACES Nordeste, subscreve este estudo e fala um pouco da realidade transmontana.
“Isso é o que infelizmente tenho constatado nas consultas. Os idosos estão isolados, moram sozinhos e acabam por se desleixar um bocadinho. Acabam por ficar desanimados com a vida, não lhes apetece levantarem-se para cozinhar, fazer a sopa porque têm que partir os legumes e dá trabalho.”
Grande parte dos idosos faz as chamadas “refeições de seco”, à base de pão. Uma alimentação provocada sobretudo pelo isolamento familiar a que estão sujeitos.
Outro dos problemas dos idosos da região é, claro está, o consumo excessivo de fumeiro.
“Na maior parte das vezes, se não estão doentes, ficam, e se já estão, ficam pior. Acaba por ser um ciclo vicioso. Sabem que se comerem muito fumeiro não controlam a tensão arterial, o peso aumenta. Mas daí até porem em prática, é complicado. Se eles estiverem acompanhados, é complicado”, diz.
Segundo este mesmo estudo da DECO a maior parte dos idosos apenas faz quatro refeições por dia, um número considerado reduzido e que tendencialmente diminui com o avançar da idade.
Medicação e contas como água e luz são encaradas como bens de primeira necessidade pelos mais velhos, o que não se passa com a alimentação.
De salientar ainda que as bebidas alcoólicas fazem parte da dieta.
47% dos homens bebem mais de dois copos de vinho por dia, o que é considerado excessivo.
Escrito por CIR