Maior incêndio dos últimos anos já em rescaldo

O comandante distrital da Protecção Civil de Bragança, Melo Gomes, explica que o relevo e o vento dificultaram a acção dos bombeiros.

“O maior problema que tivemos foi o vento, que soprou com alguma intensidade. O incêndio correu no vale do Sabor e as correntes são mais intensas e diversificadas. Para além disso, a orografia do terreno. Há zonas em que não se pode lá chegar a pé. E não há muitos pontos de água para os meios aéreos”, que demoram mais tempo entre descargas.

No terreno, mais de 260 combatentes, de 21 entidades, apoiados por 61 viaturas conseguiram controlar as chamas, deste que foi o maior incêndio do distrito de Bragança nos últimos três anos.

“Até agora foi o incêndio que mobilizou mais gente e possivelmente queimou mais área”, refere, admitindo que tenham ardido cerca de mil hectares. “Ardeu essencialmente mato e algum povoamento, nomeadamente pinhal e outras árvores com relevância financeira. Na realidade, o incêndio andou perto das aldeias mas nunca se pôs em causa a segurança de pessoas e bens.”

Ao final da tarde, os bombeiros começaram a desmobilizar, enquanto dois helicópteros prestavam apoio nas operações de rescaldo.

Melo Gomes diz que ainda vão ficar no terreno mais de meia centena de bombeiros a fim de prevenir reacendimentos.

“Continuamos com algum perigo mas com as operações de rescaldo vamos tentar evitar ao máximo os reacendimentos”, sublinhou, adiantando que vão participar na vigilância “cerca de 60 homens, até amanhã de manhã”.

Este incêndio provocou ainda três feridos ligeiros, todos bombeiros, que caíram de uma escarpa para o rio Sabor. Foram resgatados de helicóptero e transportados ao hospital de Bragança, de onde já tiveram alta. Dois receberam assistência por inalação de fumo e o terceiro devido a algumas escoriações.

Para já, ainda não foi possível apurar as causas deste incêndio.

GNR e PJ estão já a desenvolver investigações.

Escrito por Brigantia