José Silvano quer um relatório conclusivo para reabrir a linha

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Qua, 22/10/2008 - 16:04


Na reacção ao relatório da Linha do Tua, o presidente da administração do Metro de Mirandela, José Silvano, diz que, a confirmar-se que o problema está na infra-estrutura ferroviária, então precisa de saber qual a verba necessária para a reabilitar e depois saber se o Governo terá vontade política para suportar esse investimento. Até lá, Silvano não deixa que a linha do Tua seja reaberta por falta de segurança.

“Se for essa a única causa, é evidente que tenho que saber urgentemente quantos milhões custa uma intervenção para ter segurança total a linha pois falamos de mais de 60 quilómetros de linha”, refere o responsável. Por outro lado, José Silvano quer ter certezas quanto “à vontade política do governo para fazer esse investimento”.

O presidente da administração não dá margem para dúvidas e defende que enquanto houver dúvidas sobre a segurança da linha, não vai deixar o Metro de Mirandela chegar ao Tua. “Tenho de ter certeza absoluta, através de um relatório conclusivo, de que não há perigo nenhum para as pessoas, sob pena de não deixar arrancar até ao Tua o metro de Mirandela”, sublinha.

 

Também “Os Verdes” já reagiram. Manuela Cunha, dirigente daquele partido ecologista, diz que vai reiterar o pedido da presença do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações na Assembleia da República para prestar esclarecimentos

“Isto implica que o governo venha prestar explicações à Assembleia da Republica”, reclama.  

Segundo este partido já depois dos outros acidentes tinha sido feito um pedido nesse sentido, mas o PS recusou a proposta considerando que tinha que espera pelo relatório final. “Agora que o relatório vai chegar e ser entregue ao Ministro, ele tem de prestar explicações na Assembleia da República porque não podemos esquecer que houve quatro mortos nesta linha, que a população está sem transporte, que houve um prejuízo económico sobretudo para o turismo dessa região e para quem, vive dele”, acrescenta Manuela Cunha.

 

“Os Verdes” também não estranham as dificuldades encontradas pela Universidade do Porto e pelas entidades judiciais para elaborarem os seus inquéritos, devido ao que consideram ter sido a forma pouco cuidadosa como a linha, a zona envolvente e o material circulante foram protegidos após o acidente.