José Silvano faz ultimato à CP

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Ter, 21/04/2009 - 12:12


O presidente da empresa Metro Ligeiro de Mirandela lançou um ultimato à administração da CP, para que, até 20 de Maio, decida se está disponível para suportar os cerca de 250 mil euros que custam à Metro de Mirandela assegurar o transporte ferroviário até ao Tua.  

José Silvano apresentou esta proposta durante a Assembleia-Geral da Metro de Mirandela, esta segunda-feira.  Se a resposta for negativa, o autarca rompe o contrato de prestação de serviço com a CP.

“Passou o dia 30 de Março e não houve nenhuma decisão, nem da Refer nem da CP, para que o metro chegasse ao Tua. A partir daqui, a responsabilidade é da CP, que adiou a reabertura da linha”, diz Silvano. Por isso, “deve a CP pagar todas as despesas inerentes ao funcionamento do metro até ao Tua”, e dá “30 dias para a CP dizer se está disponível para pagar os 250 mil euros anos que custa toda a sociedade do Metro Ligeiro de Mirandela para estar parada”. Se a resposta for negativa, admite rasgar o contrato.

 

Recorde-se que o Metro de Mirandela faz o transporte na linha do Tua, ao serviço da CP, recebendo anualmente uma compensação de 124 500 euros, que cobre apenas cerca de metade dos custos operacionais, de acordo com dados da empresa. Os prejuízos acumulam-se de ano para ano, justificados pelo serviço público que a linha prestava às populações.

Há oito meses que a circulação está suspensa na maior parte da sua extensão, entre o Cachão e o Tua, desde o acidente de 22 de Agosto que causou uma vítima mortal.

 José Silvano explicou que o serviço que está a ser prestado na linha do Tua à CP obriga a manter nove funcionários e três carruagens, que não se justificam com a linha encerrada Se a CP não suportar a totalidade dos custos com o funcionamento da linha, então a empresa passa a assegurar apenas o serviço entre Carvalhais e o Cachão, cuja concessão está atribuída ao Metro de Mirandela. Escrito por CIR