Sex, 17/07/2009 - 08:10
“É uma proposta de planeamento unidireccional que privilegia um centralismo excessivo no Porto e não pensa o território de forma articulada com o território vizinho” refere Jorge Nunes acrescentando que se esta proposta se mantiver vai resultar “num empobrecimento do interior norte, pela sua desqualificação em termos económicos e sociais”.
O PROT prevê que Bragança se torne numa cidade regional, ao passo que Vila Real será considerada uma cidade de equilíbrio regional.
Mirandela e Macedo serão vistas como centros estruturantes sub-regionais.
Classificações que podem ser determinantes para a atracção de investimento.
Jorge Nunes acrescenta que o PROT vai condenar a região transmontana ao abandono.
“O modelo territorial está completamente errado e isso vai condenar o interior ao esvaziamento de serviço e ao abandono da população” afirma. “Este documento devia contemplar a oportunidade de coesão e competitividade para o território da zona norte no seu conjunto e não replicar modelos do passado e que dão mau resultado para o país” acrescenta.
Esta proposta poderá ainda ser sujeita a alterações.
Mas o vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, avisa que a decisão a tomar terá sempre de ter em conta os interesses de toda a região norte.
“Se ocorrer alguma alteração relativamente a Bragança é porque se encontraram argumentos que justificam esse estatuto e baseado em argumentos plausíveis” afirma Paulo Gomes frisando que se acontecer o contrario “é porque consideramos que a inclusão de Bragança com o mesmo estatuto de Vila Real ou Braga pode enfraquecer a região”.
A versão final do PROT deverá estar concluída no final de Agosto para depois ser submetida a aprovação do Governo.
Escrito por Brigantia