Jorge Gomes pede transparência no negócio da sede da ACISB

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Qua, 23/09/2009 - 09:50


É preciso transparência. O pedido é feito pelo candidato do PS à câmara de Bragança, a propósito do acordo entre a autarquia e a Associação Comercial e Industrial de Bragança. Jorge Gomes tem muitas dúvidas acerca dos contornos da doação anulada e pede mais explicações quer ao presidente da câmara, quer ao presidente da ACISB.  

“Não sei o que está por trás de tudo isso. Parece-me algo confuso retirar aquilo que se deu. Acho que é um negócio muito estranho, pouco transparente. Tem de ser melhor explicado, quer por parte do presidente da câmara quer por parte da ACISB. Tem de haver transparência nos negócios. É importante que se clarifique porque estamos a falar de dinheiro que é de todos nós e é fundamental que haja transparência.”

Dúvidas manifestadas pelo candidato do PS à margem de uma visita à câmara municipal de Bragança, onde se apresentou aos trabalhadores da autarquia.

Garantindo que não fez apelo ao voto, Jorge Gomes evitou o assunto das alegadas pressões sobre trabalhadores e disse ter tomado conhecimento das condições de trabalho dos funcionários.

O candidato socialista sublinha a necessidade de transferir o edifício camarário para o centro da cidade. A praça Camões é o local escolhido.

“A proposta de mudar a câmara municipal para o centro da cidade era para o antigo ciclo preparatório. Tínhamos um edifício que estava a degradar-se e era preciso recuperá-lo. Neste momento está recuperado. Agora não podemos dizer que mudamos para lá sem pensar se tem condições para albergar a câmara. Se tiver, está o problema resolvido e dá-se dignidade à câmara, ao trabalho das pessoas e aos utentes. Se não puder permitir isso, temos outros espaços, nomeadamente a praça Camões”, referiu, sublinhando que não teria “qualquer tipo de problema” em defender a construção de um novo edifício no antigo espaço do mercado municipal. 

 Segundo Jorge Gomes, é preciso revitalizar o centro histórico da cidade e a solução seria através da instalação de serviços da autarquia e da Loja do Cidadão. Isso poderia atrair mais 800 pessoas diariamente, segundo o candidato socialista.

Jorge Gomes aproveitou ainda para responder às acusações do actual presidente de pouco ter feito para resolver o problema de abastecimento de água ao concelho enquanto Governador Civil e de pretender uma charca em Montesinho.

“Temos uma visão completamente diferente. Para ele, uma barragem de nove metros é uma charca. Mas se pudesse ter já a barragem com nove metros já feita e estivesse agora a trabalhar por mais nove seria completamente diferente e já haveria uma reserva de água. E há outro tipo de reservas de água que podemos criar. Queremos recuperar todas as represas que estão destruídas, para que possam permitir aos agricultores fazer o seu abastecimento de rega, que as pessoas tenham diversão e pesca”, referiu.

A cultura também foi abordada pelo candidato do PS à câmara de Bragança, que sublinhou a necessidade de manter o teatro municipal cheio de espectadores mas com “uma cultura para todos”.

Considerações de Jorge Gomes, à margem de uma acção de pré-campanha para as autárquicas, em que se foi dar a conhecer aos trabalhadores da autarquia.

Escrito por Brigantia