Qui, 09/07/2009 - 08:27
Para além disso, vai ser criado um estatuto de estudante a tempo parcial, com a propina de 450 euros, para os alunos que estejam inscritos em poucas disciplinas. O presidente do IPB justifica o aumento com a indexação das propinas ao salário mínimo e, por isso, teria de haver uma actualização obrigatória. Por outro lado, explica este aumento com a pressão dos outros Politécnicos, que praticam propinas mais elevadas, e com a necessidade de recuperar receitas com a criação do estatuto de estudante em tempo parcial.“O aumento será para compensar os alunos que passam a regime de part-time, através do estatuto de estudante a tempo parcial e por outro lado, é para que o instituto tenha capacidade negocial com outras instituições e com o Governo” afirma Sobrinho Teixeira, salientando que “nós continuamos a praticar a propina mais baixa de todo o sistema do ensino superior”. Sobrinho Teixeira estima que possam estar abrangidos por este estatuto cerca de 25 por cento dos alunos da instituição.No entanto, uma das formas de esbater este aumento foi a criação de uma quarta prestação. “Foi-nos solicitado que em vez de três prestações fosse praticada mais uma e temos de perceber que tem de haver uma dilatação no prazo de pagamento” refere.Nos mestrados, o aumento será de pouco mais de 30 euros. Mesmo assim, entre os estudantes, já reina o descontentamento. “Não acho bem porque baixaram o valor das bolsas” considera Juliana Ferreira. “Parece-me mal porque se as pessoas já tiveram dificuldades em pagar este ano vai ser muito mais difícil pagar no próximo ano” refere Luís Ferreira. “Se assim tem de ser, nós só temos de aceitar” afirma Tiago Ascensão. Esta medida foi aprovada pelo Conselho Geral, que integra três representantes dos alunos.Já Bruno Miranda, o presidente da Associação Académica, recusou-se a prestar declarações à Brigantia sobre o assunto.O valor das propinas corresponde a cerca de dez por cento do orçamento do IPB que ronda os 22 milhões de euros.
O restante é composto por receitas próprias e por verbas do Orçamento de Estado.
Escrito por Brigantia