Qui, 24/02/2011 - 09:27
O especialista entende que num concelho onde existem diversas zonas de caça e com especificidades distintas, o ideal seria haver uma gestão conjunta dos recursos e explica porquê.
“O javali, um dia está uma noite numa zona de caça mas muda para outro local. O caçador ou a entidade gestora não pode pensar que a gestão de um javali ou de uma população de corço é gerir o que está na sua zona de caça porque é partilhado com outras zonas. Tem de ser uma gestão conjunta. Pode haver uma estrutura acima, pode ser uma federação ou uma união, algo que já exista ou possa vir a ser criada.”
Carlos Fonseca acrescenta que é necessário apostar numa gestão conjunta dos recursos cinegéticos com vista à conservação das espécies, através de planos globais que promovam uma maior sustentabilidade.
“Por exemplo a caça maior, mas também se responsabiliza pela gestão os processos de caça. Em termos de ordenamento, temos 85 por cento do território nacional ordenado, o que não quer dizer que seja acompanhado por um nível semelhante de gestão. É importante que as pessoas no terreno comecem a actuar para termos mais caça e melhor caça.”
Segundo o investigador, se não se fizer uma gestão sustentada dos recursos cinegéticos, dentro de 10 anos, o número de espécies poderá estar ameaçada.
Escrito por CIR