Inventário de arte sacra em causa por falta de dinheiro

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Qui, 13/05/2010 - 09:24


A Associação Terras Quentes pode vir a suspender a inventariação das peças de arte sacra da diocese de Bragança-Miranda. Um trabalho que contratualizou com seis municípios do distrito. Tudo porque a maior parte das autarquias não está a cumprir com a comparticipação financeira.  

“Estamos com problemas muito sérios porque à excepção do município de Macedo de Cavaleiros, que tem as contas em dia, mais nenhum outro município tem e todos assinaram uma carta de compromisso” refere Carlos Mendes, arqueólogo da associação.

Por causa “das dificuldades financeiras dos municípios, de facto há um atraso muito substancial na comparticipação que cada câmara devia ter feito”.

 

Para além da falta de comparticipação das autarquias as verbas do QREN atribuídas à candidatura foram mais reduzidas que o previsto.

O prazo para a conclusão do trabalho termina no final de Junho e a Associação Terras Quentes pretende agora pedir um adiamento.

“Os objectivos medem-se em número de peças inventariadas e o que nós contratualizamos está quase atingido. Neste momento estamos a introduzir na base de dados os elementos que recolhemos em campo” explica o responsável.

 

O trabalho de inventariação começou pelos municípios do sul, junto ao Douro.

Neste momento o trabalho está encerrado em Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Vila Flor e em Freixo de Espada à Cinta apenas falta a igreja matriz “porque é um monumento nacional e requer autorização do IGESPAR que nos chegou há um mês atrás” explica Carlos Mendes.

“De 120 freguesias, temos 98 já executadas” acrescenta.

 

O trabalho de inventariação das peças de arte sacra da diocese de Bragança-Miranda está orçado em cerca de 600 mil euros.

Escrito por CIR