Incêndio deixa população em sobressalto

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Seg, 09/08/2010 - 09:23


A rápida intervenção dos bombeiros evitou o pior no sábado, em Morais, Macedo de Cavaleiros. Durante vários dias os soldados da paz foram chamados a intervir em múltiplos focos de incêndio na mesma zona daquela freguesia, e no sábado, devido ao vento que se fazia sentir, o fogo, que tinha duas frentes, tomou grandes proporções. As atenções centraram-se sobretudo nas aldeias de Morais e Lagoa.  

Para que não fossem colocadas habitações em risco, os bombeiros estiveram pelo menos hora e meia de combate às chamas.

“Desenvolveu-se com muita violência e com muita intensidade devido ao local onde ocorreu” refere o comandante dos bombeiros voluntários de Macedo. “O vento estava muito forte e fez com que o incêndio abrisse não só em direcção à própria de Lagoa como a Morais” acrescenta, salientando que “nunca chegaram a estar casas em perigo devido à intervenção dos bombeiros que tentaram extinguir a frente de fogo que se propagava com mais violência para a aldeia de Morais”.

 

O incêndio deflagrou por volta da uma da tarde de sábado e às cinco estava dominado.

Às oito da noite entrou em fase de vigilância.

A área ardida é considerável, bem como as culturas consumidas.

“Já estava a ter inúmeras ocorrências no mesmo sítio ou em locais muito próximos” adianta João Venceslau. “Aquilo é uma zona de pastorícia e de matos, ardendo também alguma oliveiras, árvores de fruto e sobreiros”.

 

As causas deste incêndio ainda não estão apuradas, mas a população que acautelava os seus haveres não tem dúvidas de que os vários fogos que deflagraram em Morais, nos últimos dias têm mão criminosa.

 

Muitos foram os que se deslocaram próximo das chamas para ajudar no combate mas também para salvaguardar um pouco daquilo que é seu.

O fogo consumiu mato, mas também uma vasta área de sobreiros, oliveiras e algumas árvores de fruto.

 

Acúrcio Martins, da aldeia vizinha da Sobreda estranha que os incêndios cheguem sempre depois da época das cegadas e mostra a sua revolta.

“O fogo começou no início da semana e já reacendeu por três ou quatro vezes. Acabaram as cegadas e começara os fogos” afirma. “Isto não se admite. São atentados que fazem” considera.

João Geraldes, de Morais, viu um lameiro que tinha na zona ser reduzido a cinza. “Está tudo em carvão, tudo destruído. Tinha lá freixos e carvalhos” lamenta.

 

Neste incêndio de Morais, os bombeiros de Macedo de Cavaleiros estiveram no local, apoiados pelo helicóptero estacionado na Serra da Nogueira.

No combate às chamas estiveram 55 homens e 14 viaturas.

Escrito por CIR