Qua, 06/10/2010 - 10:18
A oposição socialista ao Executivo de Jorge Nunes não escondeu a indignação por uma alegada falta de convite ao Governo para a inauguração de obras comparticipadas em 80 por cento pelo Governo e União Europeia.
Vítor Prada Pereira, presidente da concelhia socialista, era a voz da indignação.
“E foi deliberadamente, porque quer queiramos, quer não, os maiores investimentos no mandato do senhor presidente foram “dados” por Governos socialistas. Veja-se o Pólis, o Teatro, o Procom. E estes [centros escolares] são mais dois. Não faz sentido sermos tão mal agradecidos”, diz, garantindo ainda que Jorge Nunes “não inscreveu a inauguração nas restantes cem que decorreram em todo o país, para não trazer nenhum membro do Governo”. “E isso fica-lhe muito mal”, insiste Vítor Prada Pereira.
Mas o presidente da câmara de Bragança desvalorizou a questão, apesar de não confirmar se houve, de facto, algum convite aos membros do Governo.
“O Governo distribuiu-se pelo país, há comemorações nos 308 municípios. O que é expectável é que se concentrem em Lisboa”, começou por dizer. “Tínhamos a perspectiva de poder ter um membro do Governo nestas comemorações. Mas entendemos que competia ao Governo fazer a distribuição. Compreendemos que o grosso da classe política se concentre em Lisboa.” Quanto ao Governador Civil, “foi cumprir uma obrigação de representação mas não vemos nisso problema nenhum.”
Jorge Nunes diz que estas inaugurações ficam, ainda assim, associadas às outras cem que ontem decorreram por todo o país, e recusa a ideia de uma festa a dobrar, já que há cerca de um mês tinha havido já uma cerimónia de abertura dos dois centros escolares da cidade.
“Não se tinha feito nenhuma inauguração. Fez-se a abertura para os alunos começarem o ano lectivo e guardou-se a inauguração para as comemorações do centenário da República.”
O centro escolar da Sé custou pouco mais de três milhões de euros enquanto o de Santa Maria ficou-se na ordem dos dois milhões.
Escrito por Brigantia