Ter, 25/06/2013 - 10:44
Para Silveira Ramos o Lopes da Silva é uma montra para os jogadores e uma forma de promover o futebol. “O Torneio Lopes da Silva tem sempre esse duplo objectivo. Olhar para os jogadores, ver o que o panorama nacional apresenta, fazer uma primeira selecção e na base disso está a base dos clubes e das selecções distritais”. O Director Técnico Nacional garante que os bons jogadores ficam todos referenciados apesar de poucos conseguirem de imediato integrar a Selecção Nacional sub-15. “Alguns vão pelos percursos mais directos dos clubes e das selecções nacionais em paralelo e outros vão andar pelos clubes e mais tarde aparecem. Alguns jogadores têm talento e não conseguem de imediato entrar na selecção nacional, mas ficam listados e a seu tempo podem entrar no panorama nacional”.Já Rui Mâncio considera que o Torneio Lopes da Silva já não cumpre na totalidade o objectivo para o qual foi criado. Para o Director Técnico da A.F.Madeira a competição já não é a montra que era há 30 anos atrás, pois os clubes cada vez mais estão atentos aos jovens talentos. “Grande parte dos jogadores já está na montra dos clubes grandes. Este torneio não cumpre a totalidade técnica da sua génese, cumpre parte que devia ser mais aproveitada para referenciar jogadores ainda mais três ou quatro anos. Este trabalho do Lopes da Silva termina muito aqui e há jogadores que acabam por desaparecer”.Para Rui Mâncio deviam ser captados e acompanhados os melhores jogadores que garantam a sustentabilidade das selecções nacionais. “Como há aqui um défice estrutural da selecção de jogadores nós temos alguns problemas depois para escolher jogadores para determinadas posições. É necessário acompanhar, é a palavra-chave, os melhores atletas”.
Ainda assim muitos jogadores do panorama nacional têm despontado no Lopes da Silva. No distrito de Bragança são um bom exemplo o guarda-redes da selecção nacional Eduardo Carvalho e Pizzi, que na época passada representou o Deportivo da Corunha.
Escrito por Brigantia