Ter, 18/01/2011 - 09:16
Um dos lesados é Diamantino Veiros, que no início do ano mudou para o edifício o seu gabinete de projectos.
“Em Novembro pedimos a transferência de linha das antigas instalações para aqui. Foi agendado um dia, mas o técnico que cá veio disse que não podia fazer o serviço porque a rua não tinha linhas telefónicas e que deveria dirigir-me à câmara municipal” conta.
Diamantino Veiros dirigiu-se então à Câmara Municipal e procurou justificação para que uma das principais ruas de Carrazeda, e que há pouco tempo sofreu uma intervenção de fundo, não tenha infra-estruturas telefónicas.
“A resposta que me deram foi que aquando do arranjo urbanístico a câmara tinha tido o cuidado de chamar a PT para instalar as suas infra-estruturas, mas pelos vistos não o fez” explica, acrescentando que “passado algum tempo a PT constatou que tinha necessidade de abrir uma vala num arruamento. Para tal a câmara exigiu uma caução para reposição do pavimento. Segundo consta a PT recusou-se e estamos neste impasse”.
Um impasse que está a causar sérios prejuízos.
“Estamos a trabalhar a 25% do que seria normal. Não podemos fazer contactos porque estamos assim nesta situação” assegura. “O único meio de comunicação que temos é o telemóvel com custos muito elevados. Não temos internet”.
Diamantino Veiros já apresentou queixa às várias entidades com responsabilidades na área das telecomunicações, sendo que da PT também recebeu a garantia de que o caso iria ser analisado.
Ora, da PT não conseguimos em tempo útil receber informações sobre a situação, enquanto o presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães confirma que exigiu à PT uma caução para ter a certeza de que se as valas que fossem abertas voltariam a ser tapadas e tudo seria deixado como fora encontrado.
“A câmara apenas exige que seja feito o depósito de uma caução de acordo com a área de pavimento a intervencionar” afirma José Luís Correia assegurando que esta situação “é apenas uma salvaguarda, porque assim temos a garantia de que o pavimento vai ser reposto e bem reposto. A PT não pode ter um tratamento diferenciado de qualquer outro munícipe a não ser que o justifique, o que até agora não fez”.
O prédio em causa tem 10 fracções e os proprietários e inquilinos esperam uma rápida solução para o problema.
Escrito por CIR