Qui, 12/08/2010 - 09:06
A procura de uma sombra é inevitável, mesmo durante o período da manhã.
Os mais velhos têm noção dos perigos que correm e até já sabem qual a solução. “Olhe estamos metidos em casa e quem pode pagar vai para os cafés” afirma Aníbal, de 79 anos, de Murçós, em Macedo de Cavaleiros.
Odete Maltesa, da aldeia de Cernadela, vestida de preto, sente que está calor, mas lembra os tempos em que era jovem e andava nas cegadas.
“Calor era quando andava com a foice no braço, quando andava a cegar. Aí é que havia calor” considera.
Mesmo que para muitos, temperaturas a rondar os 40 graus seja indiferente, para quem trabalha na rua, a situação é complicada.
Estrela varre ruas, todos os dias, na cidade de Macedo, e tem como principal companhia uma garrafa de água.
“É muito difícil, sobretudo para nós que andamos a varrer, mas eu trabalho mais pela fresca. Em vez de trabalhar à tarde, faço o turno directo de manhã” explica, “porque se não, não aguentava com este calor, era impossível e bebo mais de três litros de água por dia” acrescenta.
E tem mesmo de ser.
Aliás esta é uma das recomendações da médica de Saúde Pública do ACES Nordeste, dirigidas sobretudo a os idosos e crianças. “Não se devem expor ao calor, devem procurar locais onde existe ar condicionado e beber muita água, pois isso é essencial” afirma Inácia Rosa.
De todas estas recomendações, acrescentamos outra: o uso diário de protector solar, mesmo que não vá para a praia ou para a piscina.
Escrito por CIR