Qui, 28/10/2010 - 10:17
Foi a primeira a desconfiar que algo não estava bem em casa de Manuel Moura, quando ali se deslocou para lhe dar umas ervilhas que ele tinha pedido para semear.
Seguiu-se uma troca de palavras com vizinhas até constarem o que realmente se tinha passado:
“Era um cheiro esquisito, isto não é de tábuas velhas, é de roupa queimada”, conta Esperança. “A rapariga foi logo lá e começou a gritar por ajuda, que o homem estava a arder”, concluiu.
Apesar disso já nada havia a fazer para salvar a vida ao sexagenário. Segundo a população, Manuel Moura sofria de ataques epilépticos, suspeitando que tenha caído à lareira durante um deles.
A povoação está em choque pois tinham o sexagenário em boa consideração, como adiantam Lurdes Martins e Maria de Fátima:
“Não havia melhor no Mundo”, garante Maria de Fátima. “Tudo o que tinha dava. Não merecia a morte que teve”, sublinha Maria de Fátima.
Lurdes Martins refere ainda que foi uma sorte o alerta ter sido dado relativamente rápido:
“Se a senhora Esperança não chega naquela hora, era capaz de a labareda pegar num escano de madeira e ia isto tudo pelo ar.”
Os Bombeiros Voluntários da Cruz Verde de Vila Real retiraram o corpo da casa e levaram-no para o gabinete de medicina legal para ser autopsiado, enquanto a PSP tomou conta da ocorrência.
Escrito por CIR