Seg, 20/07/2009 - 10:11
Ambas ficaram feridas mas sem gravidade.
O homicida entregou-se, ao final da manhã de ontem, no posto da GNR de Sabrosa. Durante esta segunda-feira deverá ser ouvido em primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.Entretanto a Polícia Judiciária prossegue a investigação de um crime que ocorreu cerca das 22 horas e 20 minutos de sábado. A vítima, Liliana Santos, regressava a casa dos pais depois de participar numa excursão ao Minho, juntamente com duas filhas, de oito meses e oito anos, o padrasto, a mãe e a irmã.Valentim Graça, padrasto da vítima, explica como tudo se passou, mal estacionaram o carro à porta de casa. “Começamos a falar que o portão não estava em condições e ele apareceu a dizer para não mexer e para sairmos para fora do carro” conta. “Como ela não saiu começou a disparar contra ela”. Liliana Santos deixou órfãs quatro crianças: três do alegado homicida, duas meninas de oito meses e cinco anos, e um rapaz de dois; e ainda uma filha de oito anos de um casamento anterior.Os de dois e de seis anos estão em casa dos pais de homicida, natural de Provesende, também no concelho de Sabrosa, enquanto que os restantes estão em casa dos pais da vítima, em Donelo. Segundo apurámos, o agressor vivia com outra mulher em Provesende a quem veio a juntar, há cerca de sete anos, Liliana Santos. Ambas as mulheres viviam num clima de medo e eram maltratadas.A dado momento, o homem emigrou para o Brasil e Liliana foi ter com ele, há cerca de oito meses, levando a menina mais nova. Continuou a ser vítima de violência doméstica. As autoridades brasileiras receberam uma denúncia, prenderam o agressor e, há três semanas, colocaram a mulher novamente em Portugal, em casa dos pais, em Donelo. “Ela estava cá há 15 dias depois de vir do Brasil e cheia de medo porque há sete anos que era maltratada porque embora andasse sempre a fugir ele sabia sempre onde estava” acrescenta Valentim Graça.
Este homicídio deixou perplexa a população da pacata aldeia de Donelo. “Foi um horror e é inadmissível porque depois de lhe ter dado três tiros ainda lhe esmagou a cabeça com a coronha da arma” afirma um habitante. “Andamos atormentados” refere outro.
Escrito por CIR