Qua, 31/08/2011 - 17:27
O homem terá agredido a mulher na cabeça com um machado.
O casal, que estava emigrado em França há vários anos, tinha desavenças há muito conhecidas na aldeia.
José Pedro Afonso foi o primeiro a confirmar o crime, depois de alertado por uma vizinha. “Essa senhora encontrou o homem a dizer que se ia matar e que ela está morta. Ela veio avisar a gente. Entrámos, demos a volta a casa, começámos a abrir as portas e verifiquei que estava morta na cozinha. Tinha uma ferida na cabeça e depois a médica disse que tinha sido com uma machada.”
Pouco depois seria Carmelinda Santos a confirmar a tragédia.
“Disse-lhe para ter calma. Abriu a porta e mostrou-ma. Vi logo as pernas dela. Ele disse que tinha acontecido. Ele teve um acidente na França e não ficou bom, era transtornado de todo”, conta.
A aldeia acordou consternada com a notícia do homicídio de uma das pessoas mais queridas do povo.
Lurdes Fernandes, cunhada da vítima, admite que o alegado agressor era habitualmente violento.
“Ele tratava-a muito mal. Eu disse à minha cunhada para vir dormir comigo mas ela não o quis deixar só. Mas ele punha-a que nem um trapo. Ainda dizia que havia de a matar. Já esperava isto”, conta, emocionada.
Durante toda a manhã, vítima e agressor permaneceram na casa do casal.
Ela, esperando pelo delegado de saúde que libertasse o corpo para a autópsia. Ele, vigiado pela GNR.
A população da aldeia ainda mal acredita na tragédia. Lembram que o alegado agressor sofria de Alzheimer.
A vítima deixa quatro filhos.
Escrito por Brigantia