Greve dos funcionários não docentes fecha escolas em Bragança

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Sex, 04/10/2024 - 10:55


O Centro Escolar de Santa Maria e Escola Básica Augusto Moreno estão fechados. A Escola Secundária Emídio Garcia está aberta mas não há aulas e a Escola Secundária Abade de Baçal está a meio gás

O Centro Escolar de Santa Maria e a Escola Básica Augusto Moreno, em Bragança, estão hoje fechados por causa da greve dos trabalhadores não docentes das escolas públicas. A Escola Secundária Emídio Garcia está aberta mas não há funcionários suficientes para que haja actividades lectivas. Já o Centro Escolar da Sé, que pertence a este agrupamento, está a funcionar na sua normalidade à excepção da pré-escola. A funcionar normalmente está também a Escola Secundária Miguel Torga. Já a Escola Secundária Abade de Baçal está a meio gás, ou seja, só há trabalhadores suficientes para garantir o funcionamento de dois pisos.

Esta manhã, vários alunos da Escola Secundária Emídio Garcia esperam que alguém os fosse buscar para voltar a casa e reclamaram perder aulas, sobretudo em anos decisivos como o décimo segundo. “A minha mãe trouxe à escola às oito da manhã. Eu não estava à espera que houvesse greve. A minha mãe não trabalha em Bragança e por isso tive de ligar à minha avó. Acordei a minha avó para me vir a buscar. Se não fosse ela não conseguia ir para casa. A minha mãe trabalha até às seis e não pode sair do trabalho”, contou a aluna Ana, do 8º ano. “Temos de ter preparação para o exame, que vamos realizar no fim do ano, para conseguir ter entrada na universidade. Portanto, receio que continue a haver greves e que fique aqui alguma matéria perdida. É mesmo muito importante termos a matéria toda dada e toda estudada até à data do exame”, disse Joana, do 12º ano. “A matéria acaba por ficar atrasada e se continuar a haver estas greves vamo-la perdendo”, esclareceu Lourenço, aluno também do 12º ano.

A greve foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. Já na passada sexta-feira os trabalhadores não docentes das escolas públicas fizeram greve para pedir melhores condições laborais.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves