Qui, 09/04/2009 - 11:07
Até agora, estas funções cabiam apenas à Brigada de Trânsito, que foi transformada em Unidade Nacional de Trânsito.
Esta situação surpreendeu José Alho, presidente da ASPIG, uma vez que aquando da reestruturação da GNR havia a garantia de que não haveria mudanças. “Disseram-nos que não era mexido nada. Mas qual não é o nosso espanto quando vieram elementos do destacamento territorial para frequentar um curso de oito horas para manusear o radar”, diz José Alho.
O presidente da ASPIG vê, neste caso, “uma intromissão completa na área de trânsito”, que considera ser “um rebuçado apetecível por todos, sem técnica e sem formação e depois dá o que dá”.
Segundo a ASPIG, os agentes da Unidade de Trânsito fazem um curso de nove meses mais três de estágio para saberem usar o radar, enquanto que estes três agentes do destacamento territorial estão a receber formação de oito horas para obter as mesmas competências.
José Alho acrescenta que também está posto em causa o contrato celebrado com a empresa que fornece os radares, até porque “custa milhares de euros e a sua manutenção é caríssima”. Por outro lado, “existe uma empresa que fornece os radares e tem uma avença para a sua manutenção e era exclusiva para os elementos da Brigada de Trânsito”, pelo que “a própria empresa não está contente com esta situação”.
Contactado pela Brigantia, o comandante do destacamento territorial de Bragança da GNR não quis prestar declarações gravadas.
O Tenente-Coronel António Fernandes explicou apenas que a GNR quis apenas aproveitar uma formação proporcionada pela vinda de técnicos a Bragança nesse sentido e que a acção foi mais frequentada por agentes da Unidade de Trânsito do que do Destacamento Territorial.
Escrito por Brigantia