GIPS acusado de excesso de zelo

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Seg, 06/10/2008 - 10:19


O Presidente da junta de freguesia de Corujas, em Macedo de Cavaleiros, mostra-se indignado com o que considera ser uma injustiça cometida pelo GIPS (Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro) da Serra da Nogueira.   Dinis Rodrigues levou a Assembleia Municipal a história do que se passou com um cidadão da freguesia que dirige.

De acordo com o autarca, o GIPS deparou-se com alguma lenha que o cidadão tinha para usar no Inverno e alguma erva seca. “Identificaram a pessoa, disseram para limpar e logo nesse dia ele limpou tudo”, explica. Dinis Rodrigues refere que o GIPS deu a entender que este seria só um procedimento de identificação, sem outras consequências. “Qual não foi o seu espanto quando recebeu a notificação para ir pagar a multa que julgo ser de 188 euros”, acrescenta.

O presidente da Junta de Corujas considera injusto o comportamento dos GIPS, porque, segundo ele, em condições piores estavam várias casas, mas como os proprietários não estavam presentes, não foram notificados.

O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros fala em excesso de zelo, defendendo que “em alguns casos esta não será a melhor forma de abordar a questão”.

Beraldino Pinto fala mesmo em lei cumprida de forma pouco pedagógica, o que já provocou muitas queixas. O autarca refere que há pessoas que ficam a pensar que são multadas por serem alvo de queixas devido a questões pessoais, o que “gera atitudes de desconforto”. “Era preciso uma atitude mais pedagógica”, defende ainda.

 

Fonte da GNR de Bragança responde que o indivíduo em causa tem sempre hipótese de recurso que deve dirigir à câmara municipal.

Rejeita a ideia de excesso de zelo, lembrando que a época de sensibilização terminou a 15 de Maio.

Realça ainda que a GNR de Bragança só começou a emitir coimas um mês depois, efectuando cerca de 20 autos por dia.