Gestão das zonas de caça está a afastar caçadores do Nordeste Transmontano

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Sex, 11/06/2010 - 09:20


A Federação das Associações da Primeira Região Cinegética tem novo presidente. Castanheira Pinto foi recentemente eleito e considera que é preciso atrair mais caçadores à região, que tem assistido a uma diminuição da procura por parte dos caçadores do litoral norte.  

Repensar os problemas que afectam a caça na região e as associações do sector.

É este o compromisso de Castanheira Pinto, que voltou aos comandos da Federação das Associações de Caçadores da 1ª região cinegética.

O desfio é agora o de encontrar soluções para estes problemas.

“São em menor número e têm procurado outros locais para caçar, durante o ano. É um problema estrutural sobre o qual a Federação tem de se empenhar durante este mandato para que o Nordeste possa voltar a ser um dos locais de eleição dos caçadores” refere.

 

Castanheira Pinto apresenta a falta de gestão das zonas de caça como uma das principais razões porque os caçadores procuram menos o nordeste transmontano.

“Tem-se descurado bastante a questão da gestão da caça. O primeiro passo foi efectuado, que foi o ordenamento. Agora é preciso uma gestão equilibrada e profissionalizada” defende o responsável.

 

Só assim será possível fomentar a caça, aplicando-lhe uma visão científica e profissional, tornando a caça organizada.

O abandono da agricultura também não tem beneficiado o sector.

 

Fernando Rui Castanheira Pinto é o novo presidente da FACIRC, um cargo que já ocupou.

Houve duas listas a sufrágio. A vencedora acaba por ser uma lista de continuação, uma vez que Raúl Fernandes, antigo presidente da Federação se mantém e Castanheira Pinto já ocupava o cargo de presidente da Assembleia-geral.

 

Há menos caçadores oriundos do litoral a caçar na 1ª região cinegética e isso representa uma quebra financeira para o sector cinegético.

“Temos menos caçadores oriundos de outras regiões. E esse é o problema que se põem porque a grande fatia financeira é gerada pelo movimento desses caçadores que nos visitam, nomeadamente da área metropolitana do Porto, Braga, Aveiro” alerta, acrescentando que “hoje em dia não são em numero idêntico ao que eram há uns anos atrás pois vão procurar locais onde têm melhores resultados e pelos mesmos custos”.

 

Essas zonas do país são a Beira Baixa e o Alentejo.

Escrito por CIR