Qua, 14/01/2009 - 11:40
A cidade de Bragança acordou hoje verdadeiramente “vidrada”.
As temperaturas baixas que se fizeram sentir durante a noite associadas à humidade causada pelo nevoeiro, gelaram as estradas e passeios.
Esta manhã, os bombeiros de Bragança foram chamados para socorrer 12 casos de quedas com maior frequência ao início da manha.
Todos os casos ocorreram no centro da cidade e apresentavam membros partidos e várias escoriações.
A população relata as dificuldades para andar a pé na cidade.
“Aqui na Rua do Loreto já vi duas raparigas e um senhor cair por causa do gelo porque o piso está muito escorregadio”, conta um comerciante da zona. “Por acaso não se magoaram, mas isto está muito perigoso”, acrescenta. “Ali na Praça da Sé há várias pessoas que escorregam”, diz uma outra cidadã.
“Está quase impossível circular nos passeios da Avenida Sá Carneiro, acho que já era hora de se fazer alguma coisa para evitar que as situações aconteçam”, critica um transeunte.
Já uma outra senhora revela que “teve de vir agarradinha” para não cair.
Em frente à estação dos Correio há quem tenha visto uma senhora a cair à entrada e à saída do edifício. “Se calhar era para ver quando caía melhor, se à entrada ou à saída”, brinca.
A câmara municipal está a espalhar sal nos pontos mais críticos desde as oito da manhã com prioridade para zonas junto a escolas e instituições públicas.”Desde o início da manhã que tomamos medidas no sentido de colocarmos sal, estamos com o máximo de meios que dispomos no terreno para atenuar este perigo”, adianta Rui Caseiro, o vice-presidente da câmara. De acordo com o responsável está a ser espalhado sal “nas principais artérias da cidade, junto das escolas e instituições públicas”. O vice-presidente admite que “na cidade houve pontos críticos, carros que deslizaram e que fizeram com que o trânsito tivesse problemas”.
Rui Caseiro, vice-presidente da câmara de Bragança acrescenta que hoje a actividade lectiva foi retomada com normalidade embora com alguns atrasos devido aos transportes escolares que tiveram dificuldades em chegar a algumas zonas do concelho. “Houve autocarros a meio do percurso, mas entretanto já se solucionou o problema de circulação e as escolas também estão a funcionar normalmente apesar de ter havido atrasos nas primeiras aulas da manhã”, refere Rui Caseiro.
As linhas urbanas também têm sido afectadas pois “não iniciaram o percurso logo de manhã à hora normal, fazendo só depois de termos colocado sal nos percursos que correspondem a essas linhas”, acrescenta o vice-presidente.
Nos últimos dias a câmara de Bragança já gastou 36 toneladas de sal para fazer derreter o gelo que se acumula das estradas e passeios.
Escrito por Brigantia