Qui, 02/04/2020 - 08:14
O documento em causa propõe a reestruturação dos quadros competitivos, desde a 1ª Liga aos distritais, face à impossibilidade de terminar as competições, sendo que para o Campeonato de Portugal é sugerido um campeonato de elite com duas séries de 12 equipas cada e o aparecimento de uma nova competição, designada de Campeonato Inter-associações.
Armando Santos, técnico do S.C. Mirandela, não concorda com a proposta apresentada pois considera que é um modelo que apenas beneficia as equipas que estão na luta pela subida. “Penso que esse não é o melhor caminho. Para mim é matar o Campeonato de Portugal ao dividi-lo em duas divisões. Penso que se está a beneficiar alguns clubes e a prejudicar outros. Eu acho que essa proposta nunca vai ser aceite”.
No entanto, o técnico dos alvinegros defende a organização de um play-off de apuramento de campeão se estiverem reunidas condições para tal. “Também acho que as equipas que estão em primeiro devem jogar um play-off. Se eles aguentarem este período de quarentena e tiverem suporte financeiro acho muito bem que disputem o campeonato. Para as restantes equipas penso que deveria ser dado por terminado o campeonato pois não vai haver espírito de competição, nem jogadores nem dinheiro”.
Sem receitas face à suspensão das competições, os clubes estão a ficar sem capacidade financeira e a maioria defende que a FPF deve dar por terminado o campeonato. Armando Santos diz mesmo que no caso do Mirandela “os jogadores estrangeiros há muito que viajaram para os países de origem e dificilmente vão voltar”.
Os clubes do Campeonato de Portugal aguardam por uma decisão da Federação Portuguesa de Futebol em relação ao futuro da competição e acreditam que será anunciada nos próximos dias.