Ter, 19/11/2024 - 12:11
O Walking Football, ou “Futebol a Andar” em português, é a modalidade que está a ser implementada no nosso país e está a crescer de dia para dia, tendo cada vez mais praticantes.
Tem como objectivo incentivar a prática desportiva das pessoas com mais de 50 anos. Os principais fundamentos são manter a população activa, promover a integração social e o convívio, transmitir valores de ética desportiva e desenvolver espírito de fair-play entre os praticantes.
O Walking Football é uma variante do futebol, onde o praticante não pode correr, não pode fazer carrinhos, a bola não pode passar acima do joelho, não há guarda-redes, só se pode dar três toques na bola e o principal intuito é proteger quem o pratica.
Trata-se de um desporto que faz parte do plano estratégico “FUTEBOL 2030” da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pretende chegar a todos os distritos do país, através das associações distritais e regionais de futebol. A FPF está a promover a modalidade junto dos clubes, universidades seniores, autarquias e outras entidades com demonstrações em contexto de treino e jogo. Foi isso que aconteceu, na passada quarta-feira, em Miranda do Douro e Macedo de Cavaleiros com os alunos das respectivas universidades. “Sabemos que 46% da população portuguesa tem mais de 50 anos. Estamos a falar de quase de cinco milhões de pessoas. Sabemos que precisam de actividade física e, depois, tem a particularidade de ter bola. Isto é inclusivo. Não é apenas para pessoas que jogaram futebol. É para homens e mulheres”, referiu Arménio Pinho, director da FPF.
Arménio Pinho destacou ainda o impacto da modalidade “na saúde física e mental” e acrescentou que “o objectivo é que pratiquem actividade física regular”, sendo que o ideal seria “realizar duas ou três sessões por semana”.
No distrito de Bragança, o Walking Football está a dar os primeiros passos e é nas universidades seniores que a prática é mais regular. Para António Ramos, presidente da Associação de Futebol de Bragança, são aliados fundamentais no desenvolvimento da modalidade, mas quer ver envolvidas outras entidades. “Há uma grande percentagem de pessoas com mais de 50 anos no nosso distrito e queremos aproveitar isso para desenvolver a modalidade. Esperamos que este tipo de acções da FPF, este contacto directo, motive os clubes e outras associações a apostar na modalidade, a inscreverem-se e a praticar regularmente”, sublinhou.
Pode criar uma equipa de Walking Football qualquer clube de futebol, município, junta de freguesia, Santa Casa da Misericórdia, Instituição Particular de Solidariedade Social, Universidade Sénior ou qualquer outra entidade devidamente constituída.
Nesta fase da época 2024/2025 estão inscritas 120 equipas e mais de 1300 praticantes a nível nacional.
Entretanto, a FPF celebrou um protocolo de cooperação com o Plano de Acção de Envelhecimento Activo e Saudável (PAEAS) para promover estilos de vida saudáveis através da prática de Walking Football.
Na acção de promoção da modalidade em Miranda do Douro e Macedo de Cavaleiros estiveram André Coelho, professor de Walking Football da FPF, Rute Silva, Gestora Nacional do projecto, Arménio Pinho, director da FPF, António Ramos, presidente da AF Bragança e Pedro Cepeda, Gestor Distrital da AF Bragança do projecto.