Fusão entre comunidades intermunicipais rejeitada pelo Douro

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Qua, 10/02/2010 - 10:11


A Comunidade Intermunicipal do Douro não quer unir-se à congénere de Trás-os-Montes. De recordar que durante a cerimónia de instalação dos órgãos sociais da Comunidade de Trás-os-Montes, o presidente afirmou que a união de todos os municípios daria um maior poder negocial dos investimentos da União Europeia. Um repto que não acolhe grandes simpatias nos autarcas do Douro.  

O presidente desta Comunidade considera que apesar de existirem pontos em comum é essencial que cada comunidade “faça o seu caminho”.

“Há um conjunto de matérias em que temos todo o interesse em dialogar porque são matérias comuns às duas comunidades” refere Artur Cascarejo, acrescentando que “não pomos de parte nenhum cenário porque pensamos na regionalização mas neste momento cada comunidade tem de fazer o seu próprio caminho”.

“Nós sempre estabelecemos relações institucionais com a Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes e vamos continuar a fazer esse trabalho mas sem preocupações de formatação e reorganização de espaços” salienta.

 

O presidente da CCDRN considera que esta é uma decisão apenas dos autarcas, mas na sua perspectiva cada comunidade deveria manter a sua individualidade.

“Isso é uma decisão que compete aos órgãos representativos das duas comunidades intermunicipais” afirma Carlos Lage. “Trás-os-Montes e Alto Douro sempre foi uma província tradicional e não há nenhuma razão para que as duas comunidades não tenham estreitas relações, interesses comuns e uma boa cooperação” salienta. “Mas é interessante que cada uma delas assuma a sua própria individualidade” acrescenta.

 

A Comunidade de Trás-os-Montes é composta por 15 municípios dos distritos de Vila Real e Bragança e a do Douro integra 19 autarquias dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu.

Escrito por CIR