Fundo para desenvolver a Terra Quente

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Ter, 12/10/2010 - 09:22


Com a construção de um Parque Eólico nas Serras de Franco, Orelhão e Passos, concelho de Mirandela, que vai custar cerca de 30 milhões de euros, foi criado um Fundo de Desenvolvimento Regional da Terra Quente, associado à estratégia da Câmara Municipal de Mirandela para as Energias Renováveis. O protocolo para a criação deste Fundo já foi assinado.  

Segundo o vice-presidente da autarquia, este fundo vai permitir criar projectos que mudem o actual cenário do concelho de Mirandela e de toda a região.

A nível nacional os transmontanos são os maiores consumidores de energia eléctrica e de emissões CO2.

“A região está a crescer acima da média nacional em termos de consumo de energia e isto é preocupante porque somos uma região que devia ter maior cuidado com a sustentabilidade” afirma António Branco, acrescentando que a câmara de Mirandela “tem uma candidatura que foi aprovada recentemente e vamos criar uma matriz de carbono para começar a contabilizar as emissões de CO2 do nosso concelho de forma compensar através deste pequenos projectos nomeadamente as micro-produções de energia e até a poupança da água”.

 

Mesmo a nível particular, a criação de micro produções de energia poderão ser apoiadas.

Este fundo financeiro resulta das Contrapartidas Regionais solicitadas pela Câmara Municipal de Mirandela, e que vão ao encontro dos princípios da empresa responsável pelo Parque Eólico.

O presidente do grupo Perform 3, salienta a importância de criar oportunidades futuras de negócios para o bem ambiental da região.

“A criação de emprego na central em si é reduzido. É pessoal só para a manutenção por isso são só duas ou três pessoas, mas num parque com esta dimensão podem ser quatro pessoas” refere Vieira de Castro, acrescentando que “é possível juntar as pessoas, criar emprego, desenvolvimento e riqueza”.

 

Este Fundo de Desenvolvimento conta com capital da empresa e da dispensa dos 2,5% da facturação anual do parque eólico endossada à autarquia.

O vice-presidente da Câmara de Mirandela revela quatro projectos que estão já sinalizados. “Um dos projectos é a redução do fluxo da iluminação pública que já tínhamos em curso, outro é a instalação de 500KW de painéis solares, 150KW de equipamentos de eficiência energética” adianta.

 

Há ainda “um projecto de uma central de biomassa associada aos bagaços da azeitona que estamos a ter mais dificuldades para a instalar mas era o que gostaríamos de fazer” revela. “Como tem 4MW de ponto de entrega será necessário que o Governo disponibilize essa potência porque pode pôr em causa a viabilidade” acrescenta.

“O que nós queremos é recuperar dinheiro que apoie os investimentos e que eles próprios contribuam para o crescimento do fundo e gerar novos projectos para além das eólicas” salienta.

 

O parque eólico do concelho de Mirandela vai custar cerca de 30 milhões de euros.

Foi assinado o protocolo de criação deste Fundo de Desenvolvimento Regional da Terra Quente, como contrapartida da futura construção de um parque eólico no concelho de Mirandela.

Escrito por CIR