Ter, 20/04/2010 - 11:10
O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança, António José Carvalho, revela que este ano haverá menos expositores na Feira das Cantarinhas, sobretudo de vestuário e calçado.
“Porque, efectivamente, a câmara municipal, e muito bem, melhorou o espaço da feira, mas houve um encurtamento do espaço, o que não nos vai permitir aceitar todas as inscrições”, revelou. “Espero que no próximo ano haja um espaço ainda melhor, porque o deste ano é exíguo”, disse.
Ora, a conferência de imprensa de apresentação das duas feiras deixou a nu algumas falhas de comunicação entre autarquia e a ACISB, a promotora do evento, como se constata pela surpresa do vice-presidente da câmara, Rui Caseiro, quando confrontado com a redução de cerca de 50 expositores.
“Tentámos colocar as diversões no espaço da câmara municipal, porque se entendeu que havia espaço suficiente. Daí ficar um pouco surpreendido por vocês dizerem que não havia espaço suficiente. Podiam pôr-se as diversões no Eixo Atlântico, por exemplo”, disse Rui Caseiro. “Não podemos colocar tudo no centro da cidade. Há limites”, sublinhou.
Mas Anabela Anjos, da ACISB, explica que as alterações ao figurino do ano passado se deveram à intransigência dos próprios feirantes.
“O sr. Engenheiro deve estar a brincar, porque já tinha sido avisado que não havia espaço suficiente. No ano passado, os feirantes das diversões ficaram no Eixo Atlântico e, este ano, avisaram-nos que se fosse para isso, não vinham”, sublinhou. Anabela Anjos explicou ainda que o principal problema se prende com os comerciantes que habitualmente participam na feira mensal, que têm tendas com “dimensões diferentes” das usadas na Feira das Cantarinhas.
A solução poderá passar pelo alargamento da zona de feirantes na avenida Bragança Paulista, junto à escola Paulo Quintela.
Este ano esperam-se cerca de 450 expositores na feira das Cantarinhas e 75 na feira do Artesanato.
A organização alega que é impossível alargar os espaços de venda a mais ruas da cidade por questões de segurança e de preservação do asfalto das vias.
Este ano, ao contrário do que vem acontecendo, a feira do artesanato vai decorrer também na rua da República, permitindo o acesso de carro à Praça da Sé, na zona histórica da cidade de Bragança.
Entre as actividades paralelas, destaque para a milha das cantarinhas, em atletismo.
O orçamento das duas feiras mantém-se nos 40 mil euros.
Escrito por Brigantia