Feira da Castanha de Lamas chamou muitos visitantes apesar da qualidade do produto ser inferior

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Seg, 16/11/2009 - 11:12


Foi talvez a melhor edição da Feira da Castanha, naquele que foi um dos piores anos de produção no concelho de Macedo de Cavaleiros. O fruto tem um calibre menor e ficou rachado, mas nem por isso fez com que baixasse o número de presenças no certame.    

O ponto alto voltou a ser o concurso da castanha, com a entrega de três prémios.

 

Julião Afonso é produtor de castanha há 34 anos… É de Corujas, freguesia vizinha de Lamas, onde este ano se realizou a Feira da Castanha do concelho de Macedo de Cavaleiros… apesar da produção ser inferior em quantidade e também de calibre menor, a sua castanha sobressaiu, não só pelo tamanho, mas também pela qualidade e foi a vencedora do primeiro prémio…

 

“Estou muito satisfeito. Já recebi um segundo e um terceiro em Macedo, primeiro é que nunca tinha recebido”, conta. “Andava a apanhar castanhas com umas mulheres. Chamaram-me porque um castanheiro tinha castanhas boas, grandes. Mandei apanhá-las para um saco à parte”, para o concurso.

 

Em anos anteriores, a sua meta de produção costumava ser as nove toneladas… este ano, não vai além das seis…

  “Pouco mais de metade. Mas já acabei de a apanhar.”

Mesmo com prémio, Julião Afonso ainda não vendeu toda a sua castanha e pede também uma subida do preço pago ao produtor, que desceu em relação a anos anteriores…

 

Este ano, na freguesia de Lamas, a castanha voltou a ser a rainha e chegaram pessoas de vários pontos da região.

 

Manuel Rodrigues, presidente da Cooperativa Soutos os Cavaleiros, e também um dos elementos do júri, enumera os critérios que distinguem a castanha e ressalva que a quebra no sector não foi regional, mas sim local.

 

“São vários critérios. Um é o tamanho, outra a perfeição e o terceiro o interior, a sua conservação”, explicou, revelando que este ano “houve uma queda” no concelho, apesar de ter “havido um aumento de produção noutros concelhos do distrito de Bragança”.

Escrito por CIR