Federação de bombeiros contesta atribuição de verbas do QREN

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Sex, 05/08/2011 - 09:48


A Federação Distrital de Bombeiros de Bragança está revoltada com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) por entender que não houve equidade na distribuição de verbas do QREN em candidaturas apresentadas recentemente para a aquisição de viaturas de combate a incêndios.Inicialmente seriam disponibilizados 5 milhões de euros para a região Norte, mas mais tarde aumentou-se a verba para os 9,5 milhões. 

O presidente da federação esperava uma distribuição equitativa dos fundos comunitários, o que, segundo ele, acabou por não acontecer.Por isso promete contestação.“Candidataram-se nove associações do distrito e eu pensei que as coisas correriam bem mas já fui informado oficialmente que só quatro é que foram contempladas e isso causou-me uma certa revolta” refere Humberto Martins acrescentando que “estive para não assinar o contrato mas depois vi que podia haver prejuízo para as quatro associações que foram contempladas e acabei por assiná-lo”. Mas avisa que “se eu notar que houve responsabilidades por parte de alguém vou fazer uma contestação”.Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Torre de Moncorvo e Vinhais foram as corporações excluídas desta candidatura.Humberto Martins lamenta que nem todas as federações tenham tido o mesmo direito.“A CCDRN diz-me que a decisão foi baseada num estudo prévio em que a Autoridade Nacional de Protecção Civil definiu prioridades mas na minha perspectiva isso é uma desculpa de mau pagador” pois, salienta, “há um bolo de 9,5 milhões de euros e a ideia que tenho é que foi distribuído sem nenhuma equidade sobretudo nos distritos de Porto, Vila Real e Braga. Nós e Viana do Castelo fomos os que tivemos menos”.As corporações de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Izeda e Mogadouro vão receber 535 mil euros de comparticipação para a aquisição de viaturas de combate a incêndios mas as associações humanitárias ainda vão ter de suportar 30% dos custos.As viaturas deverão ser disponibilizadas no próximo ano. “Penso que a partir de agora o processo é muito rápido porque já me estão a pedir todos os elementos da federação para se proceder já ao concurso” afirma. “Mas este ano já não. O equipamento deve estar aí para o próximo ano” realça.Contactada pela Brigantia, a CCDRN diz que a decisão de aprovação das candidaturas baseou-se numa listagem, de prioridades apresentada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil e com parecer dos Comandos Distritais de Protecção Civil.

No entanto, salienta que está receptiva a avaliar as necessidades apresentadas pela Federação e encontrar possibilidade de financiamento comunitário no âmbito de outro programa.

Escrito por Brigantia