Farmácias do distrito são as que mais se queixam da falta de medicamentos

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Qua, 16/11/2022 - 09:18


Em todo o país, é no distrito de Bragança que mais farmácias se queixam da falta de medicamentos

O maior défice está nos comprimidos para a tensão, colesterol, depressão, mas em que existem outras alternativas. O grande problema está mesmo na falta de insulina para pessoas diabéticas. Na farmácia Bem-Saúde, em Bragança, ainda vai havendo algum stock, mas a directora técnica, Eugénia Batista, admite que é preciso fazer uma gestão rigorosa da venda do medicamento.

“Estamos a falar de insulina para o tratamento da diabetes e sobre o qual não há nenhum substituto. Tem que haver um controle muito apertado. Temos uma lista de utentes e vamos gerindo conforme as necessidades. A lista de espera está em 8 pessoas, o que para nós é muito”, referiu.

A guerra na Ucrânia está a ter também impacto na comercialização e produção de medicamentos. Há comprimidos que possivelmente só estarão disponíveis no próximo ano e há quem vá a Espanha para os comprar.

Na farmácia Cantarias, também em Bragança, a falta de medicamentos tem levado à ruptura de stock. De acordo com a directora técnica, Juliana Silva, tem sido difícil vender as quantidades pedidas pelos clientes, que chegam atrasar o tratamento devido à falta do medicamento.

“Temos tido muita dificuldade. Posso falar em ruptura porque não conseguimos arranjar as quantidades que pretendemos. Há utentes que não estão a levar a quantidade que pretendem para casa e a há utentes que no dia em que têm que fazer a toma, não o estão a fazer, porque não o conseguimos satisfazer para aquele dia”, explicou.

Tendo em conta a dificuldade em arranjar medicamentos junto dos armazenistas, as farmácias são obrigadas a racionar os fármacos.

A falta de insulina no mercado deve-se ao uso deste medicamento por pessoas que querem perder peso.

As farmácias do distrito a reportarem a falta de medicamentos para doenças crónicas.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais