Qui, 24/04/2008 - 08:22
Entre as famílias beneficiadas encontravam-se situações de sobrelotação de casas, carências financeiras e pedidos de realojamento com mais de uma década. “Eu vivia como se fosse na rua, chovia em casa, a minha renda era muito cara e tenho quatro filhos e só com dois quartos eu tenho de dormir na sala” refere Ermelinda Custódio. “Já há mais de 20 anos que estou inscrito para estas casas mas nunca me calhou nada, até que agora consegui” conta Fernando Domingues. No caso de Paula Félix são “os problemas económicos, só recebo 400 euros e estou a governar quatro filhos sozinha e a renda da casa era de 200 euros”, afirma.
As rendas destas habitações variam entre os 4 e os 20 euros.
O presidente da câmara de Bragança refere que a política de habitação social tem sido uma preocupação do município. “Temos vindo a fazer realojamentos com alguma regularidade e para além destes pensamos que dentro de três meses faremos mais dez” refere Jorge Nunes acrescenta que estas intervenções também têm sido feitas na área rural “disponibilizando algum apoio técnico e financeiro às famílias em vez de as transferir para um bairro habitacional”.
Jorge Nunes refere que para já não vai haver mais investimentos em construção de novos bairros sociais, mas “precisamos de fazer algumas construções relacionadas com realojamento de famílias de étnica cigana para as quais já há um projecto e pensamos que até ao final de Junho a candidatura esteja aprovada”.
A câmara de Bragança gere 272 fogos em dois bairros de habitação social da cidade onde estão a residir 680 pessoas.