Seg, 22/03/2010 - 11:45
O inspector ouviu, durante duas horas e quarenta e cinco minutos, a mãe, o irmão gémeo do Leandro (Márcio) e o primo (Ricardo) que também estavam presentes no local da tragédia. Eram duas e meia da tarde quando o inspector chegou ao local, carregando um computador portátil e uma impressora, para cumprir mais uma etapa do processo de inquérito que se iniciou a 9 de Março, depois da Direcção Regional de Educação do Norte ter considerado inconclusivo o relatório interno da escola.
Quinze minutos depois das cinco, o inspector dá por concluídas as audições aos três familiares do Leandro e, à saída, escusou-se a prestar declarações, alegando estar a conduzir um processo “que está em sigilo”.
Depois de alguma insistência, avançou que ainda vai ouvir mais pessoas, deixando claro que o inquérito ainda não está concluído.
Entretanto, o relatório do inquérito judicial conduzido pela PSP local, já foi entregue ao Ministério Público, na passada quarta-feira, e tal como já avançamos, aponta para acidente, afastando o cenário de suicídio.
A PSP acredita que Leandro não terá reflectido sobre as consequências do seu acto e entrou nas águas do rio Tua com a intenção de sair, mas a elevada corrente que se fazia sentir acabou por ser fatal.
Como resultado das diligências junto das testemunhas, também parece ficar afastada a ideia de que o Leandro fosse vítima de bullying na escola, apesar de confirmar vários episódios de agressão.
No entanto, apuramos ainda que o Procurador do Ministério Público não vai elaborar qualquer despacho até ao final desta semana, tendo em conta que ainda pretende ouvir os pais do Leandro, na próxima quinta-feira.
Escrito por CIR