Falta pessoal para o Centro de Educação Especial de Bragança

PUB.

Qui, 04/12/2008 - 10:23


Os recursos humanos estão a revelar-se o principal entrave para a resolução do futuro do Centro de Educação Especial, em Bragança. A instituição que acolhe pessoas com deficiência está a cargo do Centro Distrital de Segurança Social mas há mais de cinco anos que se pondera celebrar acordos de gestão com entidades privadas. Uma situação que até ao momento ainda não foi concretizada porque é necessário assegurar o futuro dos 58 funcionários que ali trabalham.

Teresa Barreira, a directora do Centro Distrital de Segurança Social de Bragança admite que a objectivo é manter a gestão directa.

 

Para isso é preciso contratar mais pessoas mas a administração pública também não está a admitir pessoal. “Faltam recursos humanos para podermos assegurar os fins-de-semana e estamos à espera do melhor momento do ponto de vista da situação do instituto da segurança social”, admite Teresa Barreira. Note-se que a administração pública ainda não tem o processo de avaliação dos seus recursos concluída, “no caso concreto do Centro de Educação Especial falta esperar pelo momento em que possamos admitir mais recursos ou admitir a possibilidade de realizar acordos de gestão”, avança ainda a directora.

  

A responsável acrescenta que a resposta dada não é a melhor mas salienta que a solução a adoptar tem de ter em conta os interesses de técnicos, funcionários e dos 75 utentes. “Temos o constrangimento do fim de semana, mas temos a consciência de que o que fazemos, fazemos bem” , garante. “Temos que assegurar o posto de trabalho de cada uma das pessoas que lá trabalha sem colocar ninguém em risco e garantir a melhor resposta para os utentes, sendo certo que temos que contar com a colaboração de outras instituições e famílias ao fim de semana”, esclarece.

  

Declarações à margem das comemorações em Bragança do Dia Internacional da Pessoas com Deficiência que ontem se assinalou.

Teresa Barreira adiantou ainda que em relação ao projecto de lar-residencial da ASCUDT, Associação Sócio-cultural dos Deficientes de Trás-os-Montes, aguarda-se pela assinatura do contrato de comparticipação financeira. “Infelizmente ainda estamos com poucas respostas, mas esperamos também que no âmbito do QREN algumas instituições do distrito se possam mobilizar para desenvolver mais respostas nesta área”, desejou Teresa Barreira.

  

Este projecto, orçado em cerca de 850 mil euros vai ser comparticipado em 50% pelo PARES, o Programa de Alargamento da Rede de Equipamento Sociais.