Falta de programa informático afecta prevenção de infecções hospitalares em Bragança

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Ter, 21/04/2009 - 18:26


Falta um programa informático ao Hospital de Bragança que podia ajudar a travar mais depressa focos de infecção hospitalar.  

A revelação foi feita por Graça Pombo, coordenadora do Centro de Controlo de Infecções do hospital de Bragança, a propósito da I Semana da Prevenção e Controlo da Infecção, que o Centro Hospitalar do Nordeste comemora até quinta-feira.

“Se tivesse um programa informático vocacionado por estes sistemas, podia fazer uma base de dados que me permitiria, ao fim do dia, ver quantos doentes têm infecção associada aos cuidados de saúde”, explica a clínica, que garante ainda ter “os dados” mas “não atempadamente, só passados uns meses”.

Este programa custa cerca de 15 mil euros. Henrique Capelas, administrador do Centro Hospitalar do Nordeste, diz desconhecer o problema, até porque a administração só entrou em funções esta semana, mas mostra abertura para analisar a situação, porque “há um orçamento, rigidamente controlado, que é preciso gerir da melhor forma e de acordo com prioridades. Mas com certeza que a situação será analisada”, assegura.

Outra das preocupações da coordenadora do Centro de Controlo da Infecção tem a ver com os comportamentos das pessoas. Lavar as mãos pode ser, neste caso, uma solução. E o Hospital de Bragança é pioneiro nas medidas de controlo, que abrangem também as visitas. Nesse sentido, já “há em todas as enfermarias soluções alcoólicas, mesmo para as visitas” poderem lavar as mãos. Isto porque “uma bactéria ou um fungo que a pessoa possa ter” implica, nalguns casos, problemas graves para o doente, já por si debilitado.

 

Esta semana decorre uma série de acções de formação sobre o tema, que terminam quinta-feira, dia europeu da Prevenção e Controlo de Infecção.

 Escrito por Brigantia