Seg, 28/06/2010 - 09:25
Miguel Monteiro, o responsável por este programa dedicado a pessoas com mais de 65 anos, garante que a prática regular de exercício físico aumentou a qualidade de vida dos cerca de 120 participantes.
“Sim, muito. Basta falar do aumento de força para as tarefas do dia-a-dia, como levantar da cama, jardinagem, tarefas de casa. Também a potência aeróbia aumentou muito. Quer dizer que as pessoas quando subirem um lanço de escadas já não se cansam tanto.”
César Teixeira e Maria de Deus são dois dos participantes e apontam algumas melhorias.
“Principalmente nos músculos. Estou mais ágil. Já consigo levantar os braços, andar e até correr. Tive uma vida sedentária e quando deixei de trabalhar custava-me a andar, agora não”, diz César Teixeira.
Maria de Deus também nota “muitas melhorias” e, sobretudo, “mais alegria”.Mas não é só a agilidade a ser beneficiada.
De acordo com o responsável pelo programa, também há resultados positivos no combate à osteoporose, a doença que enfraquece os ossos.
“Fizemos avaliações na Faculdade de Desporto, no Porto, e verificámos que todos os grupos conseguiram diminuir os níveis de perda de massa óssea.”
Nesta altura, todas as vagas do programa Mais Idade, Mais Saúde estão preenchidas.
Mas Miguel Monteiro lança um apelo.
“Gostávamos de alargar à população em geral. Apelas às juntas de freguesia das aldeias mais afastadas, para começarem a apostar em licenciados em educação física. Podemos servir de exemplo e ir lá mostrar.”
Os resultados do programa Mais Idade, Mais Saúde, foram conhecidos no segundo seminário sobre comportamentos saudáveis na população sénior, realizado este fim-de-semana, no IPB.No estudo participaram cerca de 80 pessoas.
O programa vai continuar também no próximo ano.
Escrito por Brigantia