Seg, 20/06/2011 - 09:19
O responsável pela organização do evento considera que este gabinete seria uma mais-valia para todos os camaradas de guerra. “São 50 anos em que perdemos a saúde e quem olhou por nós?” questiona Francisco Rodrigues. “Um gabinete de apoio à saúde aos ex-combatentes é mais que merecido” considera, salientando que “não somos só nós a sofrer, é a mulher e são os filhos”.Francisco Rodrigues entende que “esse gabinete poderia ser criado em Miranda porque nós merecemos tanto como Lisboa e Porto”. Cerca de 150 ex-combatentes marcaram presença neste encontro.José Almendra, esteve na colónia de Angola entre 1969 e 1971, foi enfermeiro na Guerra do Ultramar, e conta-nos algumas experiências que viveu.“Como enfermeiro passou-me tudo pela mão desde acidente, a feridos em combate” refere, acrescentando que “desenterrei vários que estavam no mato, em sepulturas, tinham uma garrafa com a medalha para se saber quem era, e eu houve casos em que tive o cuidado de contar os ossos para ver se faltava algum”.
Declarações à margem do convívio dos antigos militares da Guerra do Ultramar, que se realizou este fim-de-semana em Miranda do Douro.
Escrito por CIR
