Seg, 06/10/2008 - 08:25
Para Jorge Nunes esta é uma “proposta centralista”. Apesar de o autarca reconhecer “o facto de ter que haver racionalização em muitos serviços”, considera que “no âmbito da desconcentração e reorganização por que passa a administração pública e os institutos públicos, não há uma linha orientadora global que reequilibre o território”. O presidente da câmara brigantina alega que “as zonas de fronteira estão cada vez mais despovoadas e com menos serviços, existindo um modelo centralista que despovoa o interior e concentra a economia e a população no litoral”.
Em protesto contra esta situação, a assembleia municipal de Bragança aprovou uma moção exigindo que o centro operacional fique sedeado em Bragança e não em Vila Real.
Nuno Reis, do PSD e autor da moção, defende que o centro operacional do norte da Estradas de Portugal não deve fique sedeado no distrito de Vila Real já que “o distrito de Bragança tem o dobro em número de quilómetros de rede rodoviária nacional que o distrito de Vila Real”.
Relativamente aos atrasos nas concessões da A4, IP2 e IC5, o autarca de Bragança acredita que as promessas vão ser cumpridas porque José Sócrates “hipotecou a sua palavra”. Para Jorge Nunes os empreendimentos “têm de ser construídos sensivelmente nos prazos que o Primeiro-Ministro anunciou e com as características técnicas que estão definidas”.
Jorge Nunes lamenta ainda que a concentração dos serviços da Estradas de Portugal em Vila Real vá implicar a redução de postos de trabalho no distrito de Bragança.