Estudo do IPB revela peso a mais nas mochilas escolares

PUB.

Qui, 03/07/2008 - 08:20


Em Bragança há crianças a transportar mochilas escolares com peso a mais. Muitas delas com cerca de 25% do peso corporal dos alunos. A conclusão faz parte de um estudo que está a ser realizado por dois docentes do Instituto Politécnico de Bragança.  

Foram analisadas cerca de 200 crianças, nas escolas EB 2,3 Paulo Quintela e Augusto Moreno.

O estudo é da autoria de um docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão no âmbito da tese de doutoramento em biomecânica.

Um trabalho que está ser feito em parceria com outro docente do departamento de desporto da ESEB Escola Superior de Educação.

 

Determinar o peso máximo que as crianças podem transportar sem provocar lesões é o objectivo do estudo, que deverá estar concluído no final deste ano.

João Rocha, docente da ESTIG e um dos autores do estudo, revela que, dos dados já analisados, há alunos “a transportar bastante peso, mais de 10% do peso do corpo alguns mais de 25% e dos estudos que fizemos em laboratório com algumas crianças podemos concluir que isto altera a postura deles no andar o que poderá levar a lesões no futuro” afirma.

 

Segundo o investigador, o excesso de peso nas mochilas pode provocar consequências graves na posição corporal de uma criança. “Ao fim de algum tempo há queixas ao nível da coluna e das articulações” refere.

 

João Rocha salienta que as mochilas de rodas também têm repercussões na locomoção dos alunos. “Muitas vezes as pessoas dizem que com as rodinhas é melhor, mas alguns estudos dizem que poderá não ser bem assim” porque “tem de fazer um esforço ao puxar o carrinho tendencialmente só com um braço e tem tendência a trazer cargas maiores” explica.

 

O docente sugere ainda que feita uma análise específica ao peso das mochilas transportadas por crianças mais pequenas.