Sex, 17/04/2009 - 08:17
Vêm do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, são na totalidade 42, mas vão dividir-se em grupos de seis e vão prestar auxílio à população de sete concelhos do norte do país, quatro deles em Trás-os-Montes.
A iniciativa “Medicina na periferia” pretende “realizar rastreios à diabetes, ao colesterol, hipertensão, obesidade, mas o principal objectivo é colocar em prática os conhecimentos que já temos e dar-nos alguma experiencia com o contacto mais próximo” explica Lia Beleza, aluna de medicina e também membro da Associação de Estudantes, onde nasceu a ideia há sete anos.
Os apoios à deslocação, logística e alojamento chegam dos Centros de Saúde e das Câmaras Municipais. “Havia alguns centros de saúde que nos queriam receber mas a câmaras não tinham verba para apoiar, outras tiveram o maior gosto em receber-nos porque já conhecem o nosso trabalho” afirma “só têm pena é que não vamos sempre” acrescenta.
Por comparação com os anos anteriores, as expectativas para este ano são grandes. “Este ano devemos atender 1200 pessoas” avança Lia Beleza.
São alunos do 4º e 5º anos de Medicina.
Esta iniciativa é também uma forma de os colocar em contacto com o interior do país, onde a falta de médicos é sentida.
“Os professores com mais experiência dizem-nos sempre que se tivermos o privilégio de contactar com as localidades da periferia isso vai-nos marcar porque é muito mais aliciante” refere a aluna.
As inscrições na faculdade de medicina do São João, no Porto, esgotaram em escassos minutos.
Parece que a mensagem transmitida pelos professores está a surtir efeito.
O interior pode começar a figurar como destino de eleição para médicos recém-licenciados.
Escrito por CIR