Estradas e barragem são bons exemplos de segurança na construção

“Este exemplo deve ser seguindo pelas condições e instalações sociais que aqui se verificam, não há duvidas que há poucas obras no pais que têm as condições desta” salienta Albano Ribeiro. “Aqui há dormitórios com ar condicionado” exemplifica, acrescentando que “a segurança não é um custo mas sim um investimento para se produzir mais e melhor em segurança evitando as mortes no sector”.

Albano Ribeiro acrescentou que todas as entidades com responsabilidades na segurança nas obras públicas estão empenhadas na redução do número de mortos nas obras e durante as viagens de carro, quando os trabalhadores vão passar o fim-de-semana a casa.

“Comparativamente ao período homologo do ajo anterior já se verificam menos cinco trabalhadores mortos no sector da construção” adianta os responsável.

Em 2004 morreram 101 pessoas na construção civil, enquanto em 2009 morreram 56.

Uma diminuição de 45% nos acidentes mortais que foi realçada pelo secretário de Estado das Obras Públicas.

Tal como o Sindicato da Construção do Portugal pretende números da sinistralidade cada vez menos negros.

“Há um trabalho meritório em termos das condições que são oferecidas aos trabalhadores da construção e as estatísticas dizem que esse trabalho tem sido coroado de sucesso” refere Paulo Campos, acrescentando que “trabalhar em conjunto com o sindicato é porque temos objectivos comuns pois entendemos que é possível oferecer melhores condições de segurança e trabalhar para continuar a diminuir esta sinistralidade”.

Paulo Campos realçou ainda o facto de vários trabalhadores que estão a construir a barragem do Baixo Sabor terem regressado de países estrangeiros, onde estavam emigrados.

É o caso de Manuel Cantigas, actual encarregado de obras, e que voltou há um ano do Senegal, onde participou na construção de uma auto-estrada.

Este trabalhador explica as diferenças em termos de condições de segurança.

“É um mundo diferente. O que não temos, há que improvisar e a segurança é uma coisa em que não se fala. Aqui é de um grande rigor, tal como as preocupações ambientais que aqui estão implementadas até à exaustão” refere.

O secretário de Estado das Obras Públicas e o presidente do Sindicato da Construção de Portugal também visitaram ontem o estaleiro da Chã, em Alijó, da concessionária do IC5 e do IP2.

Tal como no Sabor, consideraram que havia excelentes condições.

Escrito por CIR