Sex, 30/01/2009 - 10:33
O Partido Ecologiasta “Os Verdes”, através do deputado Francisco Madeira Lopes, já pediu explicações ao Governo, através da Assembleia da República. “Neste momento está ainda a decorrer o estudo de impacto ambiental e antes de uma tomada de decisão final não pode começar qualquer obra relativa à construção da barragem”, diz o deputado.
O político admite, no entanto, “que se possa tratar apenas de uma obra de manutenção ou reparação da linha e que não se confirme o que se suspeita, ou seja, que são já passos dados a pensar numa barragem que ainda não está decidida”.
Enquanto o deputado dos Verdes aguarda pela resposta do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte já se deslocou ao terreno para verificar em que condições foi feito o estradão.
Uma fonte oficial da CCDR-Norte garantiu-nos que está a acompanhar esta situação e que vai apurar se a obra está dentro da legalidade, nomeadamente, se foi licenciada, embora, numa primeira análise, nada indique que os propósitos são os de servir a barragem.
Ora, a Refer, enquanto empresa pública, não precisa de uma licença passada pela autarquia, apenas de lhe dar conhecimento, o que já fez, embora mais tarde do que devia, segundo o que conseguimos apurar junto da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães.
Para Guilhemina Assunção, com café e mercearia junto à estação, o estradão até dá jeito, embora lhe reconheça a falta de asfalto e de maior protecção contra derrocadas na escarpa. “Dizem que é para fechar a passagem de nível e que põem isto como alternativa, mas o estradão é muito fraco”, denuncia. “Não me parece que seja um estradão para passar os camiões para a barragem”, afirma.
Resta agora ouvir a posição da Refer, o que até ao momento não foi possível.
Escrito por CIR