Escola abre inquérito a desaparecimento de criança

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Qua, 03/03/2010 - 16:56


Continuam as buscas, no rio Tua, para encontrar o corpo de um menino de 12 anos que está desaparecido há mais de 24 horas. Mais de uma centena de elementos dos bombeiros, GNR e PSP começaram, às sete e meia da manhã, a realizar as operações no leito do rio e nas margens numa extensão superior a 20 quilómetros, desde Mirandela até Brunheda, mas até ao momento não há as buscas não surtiram resultado.  

Entretanto, uma familiar do jovem desaparecido vem sustentar a versão de que há registo de vários episódios de violência, envolvendo o menino de 12 anos.

“Pelo que os colegas me contam, alguém ameaçou o miúdo e já há algum tempo que lhe andavam a bater todos os dias” refere. “Ele tinha medo e queixava-se à mãe, porque ía constantemente à escola saber o que é que passava, só que o problema é que só lhe batiam fora da escola” acrescenta a prima salientando que esta atitude “só pode ter sido um acto de desespero”.

 

Sobre esta matéria, o director do agrupamento de escolas Luciano Cordeiro, não faz qualquer declaração, alegando que já foi aberto um inquérito para averiguar o que terá acontecido, momentos antes da tragédia, dado que as crianças que assistiram dão conta que terá havido um desentendimento na escola.

 

Já o presidente da associação de pais da escola Luciano Cordeiro diz que não tem conhecimento de qualquer situação de violência grave naquele estabelecimento de ensino.

“Junto dos órgãos da escola não existe qualquer registo de que o Leandro fosse vítima de bullying. A comissão de protecção de crianças e jovens também não tem qualquer registo e a associação de pais também nunca recebeu qualquer queixa dos pais” afirma.

“Isto pode acontecer com miúdos de alguma vivacidade mas não que dizer que estejamos perante um caso de bullying” acrescenta.

 

José António Ferreira socorre-se até de um estudo da DREN, sobre bullying nas escolas, que coloca a escola com níveis muito baixos neste tipo de problemas. “Há um ano e meio a DREN fez um estudo relativo à existência de bullying na região e esta escola foi das melhores classificadas” salienta.

 

Entretanto, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Mirandela já avançou que a criança não está referenciada na comissão.

Escrito por CIR