Qui, 07/05/2009 - 10:05
A palavra “municipais” aparecia escrita com “ç”.
Além disso, “sexta-feira” também tinha um “i” antes do “x”.
No verso do folheto, havia ainda outros erros em que “máximo” não tinha acento no “a” e a palavra “permanência” estava escrito com “ç”.
A concelhia do PSD considera a situação “um atentado inaceitável”.
“Não deixa de ser importante ver erros de português tão clamorosos num papel com a chancela da câmara municipal. Acho que ainda há dicionários e pessoas que devem rever os textos oficiais. Acho inaceitável um comunicado com tamanhos atentados à Língua portuguesa”, acusam os social-democratas.
O presidente da câmara lamenta a situação.
Diz que o folheto não foi feito por nenhum funcionário da autarquia e que por falta de tempo também não teve supervisão.
“Foi um mocinho que fez isso, que não tem nada a ver com o funcionário municipal. O vereador tem tido muito cansaço e não teve tempo de ver aquilo. Não temos problema em assumir. Mas já foi retirado. Só saíram dez ou 12 e tentámos retirar o mais rapidamente possível”, garante José Santos.
Em comunicado, a concelhia do PSD, critica também aquilo que considera ser uma gestão “suicida” do executivo municipal.
António Morgado, o presidente da estrutura laranja, diz que só num ano a dívida da câmara aumentou em 6 milhões e meio de euros e já vai nos 22 milhões.
“As receitas da câmara, por ano, e do estado, andam às voltas dos cinco milhões de euros. Mas neste momento já tem um endividamento de 22 milhões de euros. Já em 2007 aparecemos no anuário financeiro dos municípios portugueses como o quarto conselho mais endividado por habitante. E essa gestão suicida mantém-se, já que o presidente continua a apostar em obras excessivas quer para a população quer para los recursos financeiros da autarquia. Este endividamento mostruoso de certeza que se vai reflectir já em 2010”aponta António Morgado.
O presidente da câmara de Freixo de Espada à Cinta, José Santos, diz que é mentira e acusa o PSD de não saber fazer contas.
“A dívida será, neste momento, de 14 milhões de euros. Somando mais oito milhões de acréscimos e deferimentos iria perfazer oito milhões de euros. Mas estamos a considerar oito milhões que são subsídios ao investimento”, explicou.
José Santos garante, por isso, que a dívida da câmara de Freixo está controlada.
Escrito por Brigantia