Sex, 16/12/2011 - 10:07
A Sópedra, por exemplo, passou dos 13 euros para os 391 numa única factura, valor que se tem mantido desde Julho.Paula Teixeira, da administração da empresa, não se conforma com esta situação e diz que não há forma de as empresas pagarem estes valores.“É um valor elevadíssimo que a empresa, neste momento, não está em condições de suportar porque são gastos extremamente elevados para as condições em que nos encontramos” refere.Mais estranheza causou a discriminação da factura, que inclui uma taxa de 257 euros pelos resíduos sólidos. Uma taxa cobrada pela autarquia mas cujo tratamento é feito pela empresa.“Nós tratamos os nossos próprios resíduos, somos nós que pagamos o transporte dos resíduos e dos inertes” afirma. “Nós achámos estranho estar a pagar por uma coisa que a câmara não faz porque não podemos estar a pagar uma coisa da qual não estamos a usufruir”.E este não é caso único. Há empresas em Bragança a receberem facturas de milhares de euros.Segundo justificou a autarquia aos empresários, esta alteração no tarifário prende-se com nova legislação, que faz o cálculo do tarifário para os consumidores de captações próprias seguindo uma fórmula que tem em conta a área bruta de construção. O que implica, para empresas e hotéis, por exemplo, facturas elevadíssimas.Os empresários descontentes já fizeram queixa junto do Núcleo Empresarial, que está a mediar uma solução com a autarquia.Este assunto vai mesmo chegar à Assembleia Municipal de hoje pelas mãos do CDS/PP, que pediu o agendamento de um ponto para discussão sobre as taxas na factura da água dos consumidores do concelho. Guedes de Almeida, deputado do CDS/PP na Assembleia Municipal e advogado da Sópedra, diz que quer ver a factura da água bem esclarecida.“O consumidor não entende esta factura e deve ser justificada aquilo que se chama cota de disponibilidade que cobra 2,36 euros a cada consumidor com carácter de tarifa fixa” afirma.
Também a tarifa única de cinco euros aplicada ao meio rural do concelho, independentemente do consumo, será alvo de discussão na assembleia municipal de Bragança, que hoje se realiza.
Escrito por Brigantia