Sex, 16/09/2011 - 09:12
O professor da UTAD Alberto Baptista constata que a maioria das empresas nortenhas tem uma postura no mercado transfronteiriço de concorrência e não de cooperação com o tecido empresarial do País vizinho.“Tirando algumas grandes empresas do sector agro-industrial onde essa cooperação é mais acentuada em geral nós o que temos é um tecido de pequenas e médias empresas que ainda estão muito viradas para dentro e preocupadas com os seus problemas internos. É preciso também ver que as empresas concorrem no mercado e portanto passar da fase de concorrência para a fase de cooperação é preciso que as pequenas empresas vejam vantagens e cooperar e muitas vezes isso não é assim tão evidente”, acrescenta o investigador.Ao nível tecnológico as empresas da Galiza estão mais desenvolvidas. Por isso, o director do Centro de Estudos Transdisciplinares para o desenvolvimento da UTAD não tem dúvidas que a cooperação empresarial dentro da macrorregião é o futuro. Chris Gerry acredita que só com a aposta no conhecimento e na tecnologia é possível ultrapassar a crise.“Se passarmos de nível transfronteiriço para o nível macrorregional evidentemente que a Galiza tem desenvolvido nos últimos anos uma presença cada vez mais importante do seu sector agro-industrial ao nível europeu. Tem unidades muito mais sofisticadas do que a maior parte do nosso país e para concorrer dentro da Europa e fora da Europa e para entronizar as novas tecnologias e novas formas de Marketing e de inovação é fundamental ver a nossa indústria nacional de uma perspectiva transfronteiriça”, defende o responsável.
A cooperação do tecido empresarial do Norte de Portugal e da Galiza esteve em debate ontem na primeira Jornada interuniversitária sobre as potencialidades da Macrorregião do Noroeste da Europa. A Escola de Negócios da Fundação San Pablo Castilla y Léon organizou esta iniciativa para assinalar o primeiro aniversário da constituição da macrorregião. Para os responsáveis desta instituição espanhola Bragança reúne as condições necessárias para ser considerada a capital da macrorregião do Noroeste da Europa.
Escrito por Brigantia