Qui, 19/08/2010 - 09:22
Macedo de Cavaleiros, um pouco à imagem da região transmontana, tem dois tipos de pobreza.
Primeiro, referência aos desempregados, e aos que recebem Rendimento Social de Inserção (RSI)
“Se só considerarmos pobreza as pessoas que estão em situação de desemprego sem qualificações e beneficiários do RSI, pontualmente existem alguns” afirma Salomé Caturna, animadora desta rede social.
Para estes, a rede social de Macedo tem a decorrer, com vários parceiros, um projecto denominado “C3, Comigo, Contigo, Connosco”.
“É um projecto que engloba maioritariamente população do RSI, pessoas em situação de toxicodependência ou a fazer tratamento, famílias integradas na comissão de protecção de crianças e jovens em risco” explica, acrescentando que “estamos a trabalhar coisas que normalmente não trabalhamos na inserção social que é o gosto pela arte e pela cultura tendo experiencias novas na sua vida como é ir a uma exposição, ao teatro, pintar, ouvir poesia”.
A técnica acredita que esta é a verdadeira forma de inclusão.
Com maior taxa de sucesso que os subsídios.
“Só no fim deste ano é que vamos poder avaliar o impacto deste projecto mas pensamos eu é assim que vamos lá e não com a atribuição de subsídios” considera Salomé Caturna.
O outro grupo de pobres é composto pelos pequenos produtores envelhecidos e neste grupo a mudança de práticas e as taxas de sucesso são bem maiores, sendo possível contrariar situações de pobreza.
O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros diz que a nível municipal têm sido lançadas várias iniciativas que visam a inserção social.
“A câmara tem vindo a implementar diversos mecanismos e dinâmicas de combate à exclusão social e também na área do empreendedorismo” afirma Beraldino Pinto, salientando que “muitos excluídos têm um potencial e capacidades que podem e devem ser aproveitas e o apelo ao empreendedorismo pode ser uma das melhores saídas”.
O autarca acredita que estes seminários inseridos no projecto SIM – Sensibilizar, Mobilizar e Informar - são uma boa solução de inserção, mas defende a insistência no empreendedorismo individual.
“Há que persistir e fazer com que as pessoas descubram em si essa capacidade”, pois muitas vezes “o empreendedorismo está em pequenas iniciativas geradoras de riqueza, bem-estar económico e social” afirma.
Esta sessão de esclarecimento sobre empreendedorismo aparece através de uma parceria entre o Nerba e a Câmara de Macedo, no âmbito do Ano Europeu da Luta contra a pobreza e a Exclusão Social.
Hoje decorre a mesma sessão de esclarecimento em Alfândega da Fé e dia 14 de Outubro será a vez de Mogadouro.
Escrito por CIR