Ter, 23/12/2008 - 08:18
“Os Verdes” começam por apontar a coincidência do início da discussão pública com a quadra natalícia que para eles é uma forma de minimizar a participação pública na discussão do projecto hidroeléctrico.
“É um momento em que as pessoas andam mais preocupados com a família e os festejos de Natal e isto é uma forma de dissuadir os cidadãos de participar porque sabem que muita gente está contra este projecto” refere Manuela Cunha dirigente nacional d’Os Verdes.
Esta responsável acrescenta que para dissuadir os cidadãos de participar, o estudo de impacte ambiental ainda só está disponível nas câmaras municipais “e é preciso as pessoas deslocarem-se lá”.
Regra geral, os processos também são disponibilizados no site da CCDRN e da Agência Portuguesa do Ambiente, mas neste caso, ainda não está on-line. “Isto não é normal e não tem sido assim em nenhum estudo de impacte ambiental excepto neste” afirma Manuela Cunha.
A dirigente do partido ecologista refere ainda que na internet apenas está disponível o Resumo Não Técnico, o que para Manuela Cunha é manifestamente insuficiente. “É um documento que quase não dá nenhuma informação porque os verdadeiros impactes no vale do Tua do ponto de vista ambiental, patrimonial, social e económico não estão profundamente analisados nesse resumo não técnico”, explica.
Por estes motivos, “Os Verdes” consideram que abertura do processo de consulta pública sobre a construção da barragem do Tua é um presente envenenado para a população transmontana porque põe os interesses das empresas hidroeléctricas à frente de qualquer outro interesse do país e da região.
Escrito por Brigantia